11 de junho
1865 — Batalha naval do Riachuelo (vencida pela esquadra brasileira do chefe de divisão Francisco Manuel Barroso da Silva sobre a Armada Paraguaia, comandada pelo capitão de mar e guerra Pedro Inácio Meza). A Esquadra Imperial brasileira compunha-se das seguintes corvetas e canhoneiras, todas a vapor: Amazonas(navio-chefe, comandante Teotônio de Brito, seis canhões), Jequitinhonha(chefe da 3ª Divisão, comandante J. J. Pinto, oito canhões), Beberibe (comandante Bonifácio de Santa Ana, sete canhões), Parnaíba(comandante Gracindo de Sá, sete canhões), Belmonte(comandante J. F. de Abreu, oito canhões), Mearim (comandante Elisiário Barbosa, sete canhões), Iguatemi (comandante Macedo Coimbra, cinco canhões), Ipiranga(comandante Álvaro de Carvalho, sete canhões) e Araguari(comandante Hoonholtz, quatro canhões). Total de nove navios com 59 canhões e 2.287 homens, dos quais 1.113 dos corpos de marinha e 1.174 do Exército, formando estes a brigada do coronel Bruce, depois general. A Armada do Paraguai constava das seguintes canhoneiras e chatas: vapores, Tacuari (navio-chefe, comandante Martínez, oito canhões), Paraguari (comandante José Alonzo, oito canhões), Igurei (comandante Remígio Cabral, cinco canhões), Iporá(comandante Antonio Ortiz, cinco canhões),Marquês de Olinda (comandante Ezequiel Robles, oito canhões), Jejuí (comandante Aniceto López, dois canhões), Salto Oriental (comandante Vicente Alcaraz, quatro canhões), e Pirabebé (comandante Toribio Pereyra, dois canhões); seis chatas, cada uma com um canhão. Total de oito vapores, seis chatas, 47 canhões e 2.500 marinheiros e soldados. Em terra, sobre as barrancas do Riachuelo, tinham os paraguaios 30 canhões do 2º Regimento de Artilharia, comandados por Brúguez, apoiados pelos fogos de vários batalhões de infantaria. Os paraguaios perderam nesta batalha os vapores Paraguari, Marquês de Olinda, Salto Oriental e Jejuí, e todas as chatas, ficando fora de combate 1.500 homens. Os comandantes Ortiz, Alcaraz e Robles foram mortos (este último faleceu estando prisioneiro). O chefe Meza foi morrer em Humaitá, no dia 15, dos ferimentos que recebera. O Brasil perdeu a corveta Jequitinhonha, que encalhou debaixo dos fogos das baterias inimigas e que teve de ser incendiada dois dias depois. No pessoal, as perdas da Marinha Imperial foram de 247 mortos e feridos (123 da armada, 124 do Exército). Entre os oficiais mortos, figuravam o primeiro-tenente Oliveira Pimentel e o capitão Pedro Afonso Ferreira. O herói nacional marinheiro Marcílio Dias foi morto neste dia. As bandeiras do Paraguari, do Marquês de Olinda, do Salto Oriental e as de quatro chatas ficaram no poder dos brasileiros. O chefe Barroso, depois almirante, foi agraciado com o título de barão de Amazonas.
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